Parva fênix

esquecida da arte sagrada

quimeras apagadas

………………………………estanques asas.

Clau Assi

Quando o corpo já não lateja o gozo

e jaz em repouso,

quando o suor evapora-se, lentamente

e o coração bate em ritmo compassado

aconchegada em ti,

tão dentro,

recebo-te.

E lá, Olimpo de mim,

descortina-se um lar

onde você reina

e nada,

nem ninguém,

nunca

haverá de arrebatá-lo.

Clau Assi

(Do livro Poemas à Flor da Pele – volume 7 – página 37)

O “era uma vez” se perdeu,

Então, reiniciou:

“Foi daquela vez…”

E rumou

passo a passo,

dor a dor,

 ao “viveu feliz para sempre”

Clau Assi

Dentro de mim sua presença, uma sede imensa.

Às vezes insana, mundana,

outras um doce sonho, de amor suponho

de perder-me em teus braços, entre tantos abraços.

Suaves carícias, outras delícias

gemidos sussurrados, não censurados

frenética dança na qual a alma descansa

acalanto, que me seca o pranto.

Dentro de mim sua presença, uma sede imensa.

Desejo permanente, romance na mente,

corpo suado, coração arrebatado,

mulher extasiada, aprisionada, conquistada.

E como se o mundo fosse distante neste instante,

como se nada existisse ou sentisse

aquietada, apaixonada

assim me pareço e em teus braços adormeço.

Clau Assi